Foto: Vitória SC |
A primeira reacção depois de ler coisas destas é rir e a segunda é pensar que quando as pessoas são ignorantes relativamente a algum assunto deviam estar caladas. Este vídeo, de uma criança a aplaudir, a cantar e a apoiar a sua equipa mostra o melhor do futebol. Infelizmente, pessoas más vão sempre ver o mau em tudo. Este vídeo mostra que o futebol é para todos e que todos fazem parte do futebol. Acho que estereótipos são para ignorantes. E há um estereótipo de que quem vai ao estádio (e principalmente quem pertence a claques) apoiar a sua equipa de futebol são uma cambada de vândalos prontos a armar confusão e que são estúpidos. Este estereótipo não podia estar mais errado. As pessoas que vão ver futebol são pessoas normais, que gostam de futebol e que apoiam um clube e fazem parte dele. Obviamente, há pessoas que vão ao estádio que vão para armar confusão e que não prestam. Mas pessoas dessas há-as em todo o lado, sem excepção! Para além disso, este vídeo desmistifica a ideia de que é perigoso levar crianças ao estádio. Mas alguém queria alertar a Comissão de Protecção de Menores porque um rapaz de cinco anos estava, de forma segura, e feliz a bater palmas e a entoar cânticos de apoio a um clube. Pessoalmente considero ser mais importante alertar para problemas verdadeiramente preocupantes como a exploração infantil ou com as crianças que sofrem de violência. No entanto, é só a minha opinião e vale o que vale...
Depois de mais um empate em casa, contra o Sporting, e do vídeo viral do Rafa, tínhamos de ir a Coimbra e lutar para trazer os três pontos. Isto, claro, se quisermos cumprir com o mínimo dos nossos objectivos! Sinceramente não estava à espera de outro resultado que não a vitória, ainda que estivesse plenamente consciente de que a Académica estava desejosa pelos três pontos para se manter na luta pela manutenção. Não há jogos fáceis, este não ia ser excepção.
Este, em particular, foi mais difícil do que o que devia e do que o que eu estava à espera. O que vi dentro das quatro linhas não me agradou: uma equipa apática, com pouca garra e com graves dificuldades em disputar o jogo. Nesta altura do campeonato, podíamos já estar numa posição mais confortável, a disputar o 4º lugar com os nossos rivais e não a disputar o 5º ou o 6º lugar. Podíamos, se não fossem os erros e uma época má preparada.
Neste momento, e depois do fecho da 25ª jornada, estamos na 7ª posição da tabela classificativa com 34 pontos. Estamos a 4 pontos do quinto classificado, o Arouca, e estamos a 2 pontos do sexto, o Rio Ave. No oitavo e no nono lugar da tabela estão o Estoril (com 33 pontos) e o Paços de Ferreira (com 32 pontos), respectivamente. Nas 9 jornadas que ainda temos pela frente até ao fecho do campeonato, ainda vamos jogar contra o Paços (já no próximo domingo) e o Estoril em casa, e vamos até Vila do Conde e terminamos em Arouca. Sou terrível a matemática, mas sei que ainda temos 27 pontos em disputa. Sei também que não nos podemos dar "ao luxo" de perder muitos pontos a partir de agora.
Como adepta julgo que os objectivos do Vitória devem ser sempre, pelo menos, conquistar o 4º lugar. Pela nossa história, pela massa associativa incomparável e pelo nosso símbolo que tem um grande peso, temos de ser ambiciosos e deixar de disputar o meio da tabela e o mínimo possível. Para além disto, devemos sempre lutar para chegar longe em todas as competições. Estes devem ser sempre os objectivos! Naturalmente não podemos ser tão ambiciosos se os erros se forem sucedendo, se for necessário substituir peças-chave da equipa todas as épocas ou se não houver um investimento sério no futebol. De forma mais simples, não podemos ser tão ambiciosos se não houver meios, garra ou ambição para alcançar estes objectivos!
Por fim, e para terminar, tenho mais uma vez de referir o apoio incondicional e único dos vitorianos em Coimbra. Uma viagem longa e cansativa (e para quem foi de autocarro, como eu, desconfortável) mas que vale sempre a pena. Apesar da derrota. O nosso amor ultrapassa os resultados. Pode parecer um cliché ou um lugar comum porque eu falo sempre disto, e vou continuar a falar, mas a verdade é essa: não há ninguém como nós e dizê-lo deixa-me muito orgulhosa. Tenho muita pena que o nosso apoio incondicional não seja reflectido no relvado. Se fosse, acredito piamente que seríamos campeões. Época após época após época!
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