terça-feira, 25 de agosto de 2015

Vá, agora desenrasca-te Raquel


É, a foto é da Escola de Direito da Universidade de Yale. Para onde eu não vou estudar. A foto é só mesmo para captar a vossa atenção. Bem, é indicadora de outras coisas. Para começar é para vos deixar mais cultos e vos informar de que é, actualmente, a melhor escola de Direito do mundo. Eu sempre fui mais fã de Harvard, mas Yale servia. É também para dizer que daqui vos escreve uma futura estudante de Direito da Universidade do Minho, ou então de Marketing. Talvez seja na Universidade do Porto ou de Lisboa. Talvez seja uma futura estudante de Ciências da Comunicação. Foram essas as minhas opções, os resultados só os sei para o próximo mês. Tudo a seu tempo, certo? Certo.

Estou a encher chouriços desde que comecei o post. O costume. Pôr as coisas no papel, ou no teclado, é sempre complicado. Sobre este assunto tenho mil coisas para dizer e a minha cabeça está em tamanha desarrumação que tenho receio de que este post seja um emaranhado de pensamentos sem conexão. Vou tentar que isso não aconteça. No fim (se me acompanharem até lá), gostava sinceramente que partilhassem as vossas experiências académicas comigo e as vossas escolhas e, claro, as vossas opiniões. Afinal é para isso que aqui estamos, para partilhar experiências e opiniões e para as discutir. Isto dava para ser o início de post mais sério que este blogue já conheceu. 

Desde que entrei para a escola que nunca fui dada a estudar. Acho que não estudei a sério mais do que meia dúzia de vezes. O resto das vezes abria os livros e cadernos e fingia que estudava para não me culpar por não estudar (desculpa mãe). No entanto nunca fui má aluna, de todo.

Na escola primária sempre fui muito calada e quieta, como a minha mãe gosta de referir eu "não partia um prato". Sempre fiz parte do grupo que tinha as notas mais altas e nunca estive em risco de chumbar. Nessa altura queria ser cabeleireira e designer de moda (quero eu dizer, "estilista"), em simultâneo. Há-de lá perceber-se a cabeça das crianças... Continuando, o que mais me lembro é de que a minha professora reclamava das minhas composições que geralmente constavam de três ou quatro linhas e diziam pouco. Para além de fazer parte do grupo que tinha as notas mais altas, fazia parte do grupo que nunca fazia os trabalhos de casa ou fazia-os em cima do joelho a 5 minutos do toque de entrada (infelizmente, este vício acompanhou-me até ao fim do secundário). Eu simplesmente não queria saber da escola, ingenuamente eu pensava que não precisava de nada daquilo para atingir as minhas metas. Apesar de ser uma pequena rebelde contida (eu não fazia os trabalhos de casa mas eu sempre tive um óptimo comportamento), fui receber o prémio de melhor aluna ao Museu Martins Sarmento no 4º ano de escolaridade. É o meu maior feito até à data e vou vangloriar-me disto até ao fim dos meus dias, desculpem-me lá! Humildemente quero fazer uma comparação. Eu era o Messi, estão a perceber? Eu não precisava de me esforçar para ter os melhores resultados, era natural para mim. O prémio que recebi no Martins Sarmento foi a minha Bola de Ouro.

Depois transitei para o 5º ano. Mudei de escola. Uma escola maior, com muitos mais alunos, não tinha oportunidade de ir almoçar a casa, não levava amigos da outra escola apesar de conhecer a maioria dos alunos da minha turma, que eram aqueles que estavam na primária comigo. Fiquei tremendamente assustada e cheia de medo. Não queria ir. Já desde esse tempo que tenho uma espécie de fobia social que me faz ter medo do desconhecido, principalmente de pessoas desconhecidas. Lembro-me perfeitamente da minha inquietação no primeiro dia, só descansei quando a minha mãe me garantiu que me ia buscar ao meio-dia e me levava a almoçar com ela. Ainda muito receosa fui à minha vida sozinha. Continuei a ter boas notas a tudo sem o mínimo esforço. Não era aluna de ter um 5 a tudo, mas tinha bastantes 4 e alguns 3. Foi por volta do sexto ano que eu comecei a pender mais para letras, geografia e história do que para as ciências e matemática. Foi também nessa altura que descobri o meu gosto pela leitura e, mais tarde, por escrever. Surgiu naturalmente. Tornei-me ávida por coisas novas, informações novas. Tentava ler desde revistas a livros que me iam aparecendo. Não faço a mínima ideia de qual foi o primeiro livro que li mas no sétimo ano fiz três trabalhos para Português sobre três livros do Nicholas Sparks. Na altura era o meu autor favorito e achava que os livros dele eram espectaculares. Assim como os da Margarida Rebelo Pinto. Quis ser como eles, escrever como eles. Essa fase felizmente passou quando pus as minhas mãos no primeiro clássico, mas é outra história para outra altura. Quis ser escritora e jornalista. Como já referi, comecei a notar a minha tendência para as áreas de humanidades. Inconscientemente fui desligando de Físico-Química e Matemática. Hoje percebo o tão mau que isso é porque sei que não possuo muitas bases de matemática e percebo o quão limitador e desmotivante isso pode ser.

Decidi mudar de escola no final do 7º ano. Não gostava do ambiente da escola onde estava, não tinha amizades nenhumas e sentia-me cansada daquilo e de ver sempre as mesmas coisas e as mesmas pessoas. Foi uma atitude muito radical para mim, mas enfrentei-a de modo diferente da transição para o 5º ano. Não chorei nem pedi à minha mãe para me ir buscar para almoçar. Fui com um frio na barriga mas convicta de que me ia dar melhor. Mudei-me para uma escola secundária mas que também tinha turmas a partir do 7º ano. A única pessoa que conhecia frequentava o 12º ano, por isso foi ela que me ajudou no que precisei. Quando tínhamos aulas à mesma hora eu estava muitas vezes com ela porque não conhecia ninguém da minha turma e sempre foi muito complicado para mim interagir com as outras pessoas. Acabei por me entrosar com alguma facilidade. Pelo que me dizem, muito em parte porque gostava de futebol e sou do Vitória. Em três meses criei laços com algumas pessoas como não tinha criado nos 7 anos anteriores que tinha passado sempre com os mesmos colegas. Relativamente às notas, eram boas mas não brilhantes e continuava a destacar-me nas áreas de línguas e humanidades. Por isso, a escolha foi muito natural quando terminei o 9º ano. Só podia (e só queria) ir para Línguas e Humanidades.

Metade da turma de 9º ano tinha transitado comigo para o 10º ano e tinha escolhido o mesmo curso. A outra metade era de pessoas que eu não conhecia. Apesar de não terem saído muitas pessoas do meu quotidiano, cortei os laços que tinha e passei a dar-me com outras pessoas ainda sem achar que aquilo que nos unia era amizade. Porque não era, eram colegas com quem eu forçosamente partilhava o meu dia-a-dia. As minhas notas melhoraram, continuei a ter das melhores notas da turma. Continuei sem estudar. Lembro-me de que quando vi as disciplinas que tinha fiquei muito assustada com Matemática Aplicada às Ciências Sociais. Assustou-me porque tinha escrito "matemática". E eu só pensei: isto vai-me estragar a vida. Surpreendendo-me a mim mesma, no 10º ano tive boas notas a MACS, sem serem brilhantes. Situavam-se sempre entre os 12 e os 14, pelo que me lembro. Nessa altura detestava trabalhos de grupo, porque o meu grupo nunca prestava. A minha média de 10º ano foi a mais fraca dos três anos, mas ainda assim foi das melhores. No 11º ano as coisas não correram muito bem, eu deixei de me interessar por MACS e tive algumas notas vergonhosas. As restantes disciplinas correram bem, tanto é que deu para compensar essa vergonha que e subir ligeiramente a minha média. Foi também no 11º ano que tive a incrível experiência de viajar até Istambul através do programa Comenius, por isso houve uma altura em que o cansaço já era enorme mas em que me consegui motivar precisamente porque fui à Turquia e conheci gente nova, uma cultura nova, uma escola nova e me enriqueci imenso a todos os níveis. Apesar de ser um ano em que tinha exames, continuei sem estudar. Para os exames estudei na noite anterior. A nota de Geografia foi boa, a de MACS foi... aceitável. Comecei a consolidar alguns laços que tinha criado, conheci melhor pessoas que não esperava e gostei de as conhecer e percebi que afinal até partilhava o meu dia-a-dia com pessoas interessantes e que valiam a pena conhecer. O 12º ano foi o melhor ano de todos a todos os níveis. Os laços e as frágeis amizades que levava do 11º ano transformaram-se em amizades muito sólidas e que eu sei que vou guardar sempre comigo, por muito cliché que isto seja. Conheci e passei a dar-me com pessoas que todos os dias me estimulavam, me motivavam, me inspiravam. Comecei a aperceber-me mais ou menos daquilo que eu queria. Passei a gostar de ir às aulas quase todos os dias. E comecei a pensar "caramba, isto já está tudo a acabar, passou tudo tão rápido, vou deixar de ver estas caras e deixar de ter estas presenças tão regulares e de que tanto aprendi a gostar". As notas foram melhores, continuava sem estudar muito mas já começava a criar esse hábito. Tinha muito medo dos exames porque pela primeira vez agrupavam matéria dos três anos do secundário. Sentia-me cheia de dificuldades a português. Por decisão decidi ir a poucas aulas de apoio e tentar estudar em casa o máximo que conseguisse. Não estudei nem metade do que queria e planeei. Acho que o que absorvi mais foi o que estudei no dia anterior aos exames. Fiquei muito surpreendida quando fui ver as notas porque não era o que esperava: tinha tido 16 nos dois e esperava um 10 (a minha auto-confiança sempre foi brutal). Comecei a gostar de trabalhos de grupo porque tinha um grupo espectacular, que alinhava em ideias pouco usuais e que se fosse preciso se juntava ao domingo ou ao sábado de manhã, que enquanto eu tratava da última parte do trabalho ficava no Skype comigo até eu acabar (nem que isso fosse às 5 da manhã e as aulas começassem às 8:20). Destes trabalhos de grupo, um deles tem a capa de um álbum dos Muse (era sobre o cérebro) e outro foi feito a partir vídeos em jeito de entrevista. E isto foi o resultado de um trabalho em grupo e não do meu trabalho. E é estas pessoas e estas memórias que construí durante este último ano que estou mais grata e é, sem dúvida, o melhor de todo o meu percurso escolar.

Deixando os sentimentalismos de parte, o 12º ano também foi um ano de tremendo stress. A carga de trabalhos aumentou e a sensação de que uma decisão teria de ser tomada em breve contribuiu para isso. Fiquei muito indecisa até ao momento de submeter a candidatura. Ao longo destes três anos as minhas três opções não se alteraram, só a sua ordem. Ou seja, sempre quis Ciências da Comunicação, Direito ou Psicologia. Desde que descobri que gostava de escrever que Ciências da Comunicação se afigurou como a escolha mais provável. E no 10º ano, era essa a minha primeira opção, seguindo-se Psicologia e Direito. No 11º ano não fazia a mínima ideia da ordem que estas três áreas ocupavam. Quando comecei o 12º ano a minha tendência para ir para Direito aumentou. Foi nessa altura que passei a procurar informações sobre os cursos e as instituições de ensino. Algures no meu quarto há umas quantas folhas de notas, que são o resultado dessa pesquisa. Apercebi-me que Ciências da Comunicação não era o curso que idealizava nem o curso mais indicado para quem pretende ser jornalista. Então foi ficando de lado. A ideia do Direito começou a consolidar-se. Passou a ser a minha escolha principal por tudo o que conheço do curso e pelas saídas profissionais que apresenta. Se Portugal está cheio de licenciados em Direito? Sim, entupido mas o mercado é demasiado imprevisível para fazer uma escolha baseada nisso mesmo. Acho que a escolha do curso deve assentar em dois pilares, sendo que um deles é mais fundamental que outro: o gosto pela área que se escolhe e a saída profissional sendo que eu considero que o gosto pelo curso é mais importante. No início do post disse que podia ser uma futura estudante de Marketing. Foi a minha terceira opção. Como surgiu? Não sei bem, surgiu depois de algumas conversas e de algumas leituras. O marketing é uma área em ascensão e muito interessante, muito ligada à criatividade sem ser apenas baseada nisso. Corrijam-me se estou em erro por favor. Depois de perceber quais os cursos que iam fazer parte da minha candidatura, tive de escolher a instituição. Mais uma vez, auxiliei-me de algumas opiniões alheias. Eu queria ir para longe, mas queria ficar em casa. Como li em algum lado, eu queria ir para um sítio suficientemente longe para poder dormir lá mas suficientemente perto para ver o Vitória no estádio. Para além da distância também tentei pesquisar a taxa de empregabilidade em cada universidade nos cursos que me interessavam. No entanto acabei por cair em mim e perceber que o profissional e a pessoa que eu sou será muito mais importante do que o sítio onde eu estudei. As minhas opções foram: Direito (regime pós-laboral e diurno) e Marketing na Universidade do Minho, Direito na Universidade do Porto e na Universidade Nova de Lisboa e, na última opção, decidi-me a pôr Ciências da Comunicação na UM. Assim que submeti a candidatura não senti alívio, mas sim um peso nas costas. Tenho medo de qualquer opção, mas sinto-me decidida a fazer o melhor de qualquer uma delas!

Até agora disse mais coisas do que o que tinha planeado no início. Estou a escrever quase à 2 horas. Se chegaram aqui eu gabo-vos a insistência em ler o que escrevo. Vamos ao último esforço. O meu intuito inicial era falar da falta de acompanhamento e informação que os alunos têm. Eu sei, no 12º ano já não somos meninos de colo e já podemos procurar a informação por nós próprios. Isso é totalmente verdade. No entanto não há assim tanta informação quanto isso. Para começar, como alunos não temos ideia do que cada curso realmente é e se realmente é aquilo que queremos fazer para o resto da vida. Ninguém sabe quais são os procedimentos a tomar antes de ir para a universidade, os papeis necessários, como fazer a candidatura, o que fazer depois da candidatura. Em tom de brincadeira já disse que isto é uma forma de nos preparar para a universidade porque, segundo os universitários, depois de começar é cada um por si. Eu senti-me desnorteada quando tive de tomar uma decisão tão importante como esta. Afinal vou para o desconhecido, seja qual curso for. Não sei o que é, não sei o que poderá ser depois. Tudo o que sei foi do que encontrei online ou o que ouvi de quem frequenta o curso. Não sei nada mais.

O que sei é que a formação e a educação são fundamentais. Estudar não fica barato, mas é, em qualquer altura, uma mais valia. E eu estou disposta a apostar na minha formação. Neste momento a minha ideia é licenciar-me numa área e tirar o mestrado noutra área, uma área complementar e que me abra mais portas a nível profissional. Tenho a ambição também de aprender tantas línguas quantas me for possível, porque nos dias de hoje falar muitas línguas é de tremenda importância.

Acho que por hoje já falei de mais. Neste momento sinto que estou prestes a entrar numa fase nova da minha vida em que tudo será mais difícil mas que compensará todo o trabalho investido. Mais do que um "canudo", importo-me com a minha formação como pessoa. Acho que é importante ser persistente, ser empreendedor e remar sempre contra a maré. Se as perspectivas são más, é preciso saber dar a volta com muita criatividade e paciência. O mais importante de tudo é não se acomodar, é insistir e persistir porque um dia as coisas acabam por funcionar. Pelo menos é esta a minha visão de pré-universitária. A ver vamos! 

A minha estante | Belos e Malditos

Nome original: Beautiful and Damned
Nome em português: Belos e malditos
Editora: Relógio d'Água
Nrº de páginas: 496 
Ano de publicação: 1922
Um dos meus livros predilectos é o The Great Gatsby, do Fitzgerald. Por isso quis voltar a ler alguma coisa dele. O escolhido foi Belos e malditos, sem nenhuma razão especial. Bem, comprei este livro numa promoção. O preço dos livros está pela hora da morte meus amigos e há que aproveitar bem e com sabedoria as promoções.
Acho que o seu aspecto mais único é o carácter antagónico das duas personagens principais. Acho que foi a primeira vez que não gostei das personagens, só consegui ter pena delas. Anthony Patch despreza o trabalho e é um homem desprovido de vontade, tanto que ao início o conhecemos como um aspirante a escritor mas que não encontra forma de se sentar à secretária para escrever o que quer que seja. Gloria Gilbert é apresentada como a reencarnação da beleza, é uma jovem que gosta de se divertir e que também não dá grande valor ao trabalho porque sempre conseguiu tudo o que queria através da sua aparência tão esbelta e magnífica. Anthony e Gloria encantam-se um pelo outro e casam-se. Percebemos perfeitamente que estilo de vida ambos apreciam pela luxuosa e exorbitante lua-de-mel. Quando voltam a festa continua, literalmente. Dão festas que duram dias e onde o álcool é o convidado principal. No entanto não trabalham, nem têm intenção de o fazer porque esperam ansiosamente pela choruda herança que contam receber do velho Adam Patch, avô de Anthony.
Só que Adam Patch mantém-se firme e bastante vivo. O casal entra numa espiral decadente que se apresenta sem retorno. Os problemas financeiros começam a surgir de forma avassaladora, enquanto as festas e o álcool se tornam ainda mais presentes. O amor que antes parecia poderoso começa a desvanecer-se. O que tanto ansiavam acontece: Adam morre e eles preparam-se para receber a herança. Só que não é assim tão simples! Adam não deixa um único cêntimo ao neto. Assim, Anthony recorre num processo moroso e que se arrasta por demasiado tempo pelos tribunais até ser resolvido. Durante todo esse tempo a vida de ambos sofre algumas mudanças. Anthony vai, inclusive, para a guerra, Ou pensa que sim. Enquanto se encontra em serviço militar tem uma relação extraconjugal com Dot, uma menina frágil e que se apaixona loucamente por Anthony. Quando volta para junto da sua mulher continua a encharcar-se em álcool enquanto Gloria se questiona sobre a sua beleza e se confronta com o terrível medo de a perder quando é rejeitada num casting para participar num filme.
Não é um livro fácil de ler e às vezes exige mesmo uma segunda leitura. É bonito, no entanto. É poético como só Fitzgerald sabe ser. É, sobretudo, profundamente nostálgico. Não é, de forma alguma, o primeiro livro para se ler de Fitzgerald porque o mais provável é que, no final, o vejam como uma seca. Nem sei se deveria ser o segundo (como é o meu caso). Leiam O Grande Gatsby primeiro, é um conselho de amiga!
Neste momento tenho na minha mesa de cabeceira um clássico russo: Os Irmãos Karámazov de Dostoievski. Ainda vou no início por isso não tenho uma opinião formada. Aliás, tenho: é enorme e muito pesado, só consigo ler se estiver pousado alguma coisa, numa almofada ou nas minhas pernas. De outra forma é impossível ler este livro sem danificar os meus queridos e estimados pulsos. Entretanto vou falar-vos de O Coração das Trevas, de Joseph Conrad que já tinha aqui por casa para aí há meio ano e ainda não tinha pegado nele. Também pretendo falar-vos de 362765357 filmes que já vi e do amor da minha vida. Vou tentar, pelo menos!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

30/30 - Uma música que não tenhas ouvido por algum tempo

Para terminar e para terminar bem. De certeza que vocês também têm aquela música que apesar de adorarem sempre a ouvem quase exclusivamente num determinado período. Eu tenho algumas, como as de Natal que só me dão gosto ouvir na época natalícia quando já se sente o cheiro das rabanadas, se vêm as luzes a piscar por todo o lado e aquele espírito muito forte de dar, mais do que receber. Hoje escolhi a música que gosto de ouvir especialmente em Novembro. O motivo para isso não é difícil. Se gostarem tanto como eu, compreendem-me. Se não ouviram, depois de ouvir vão gostar e compreender.

29/30 - Uma música que actualmente não te sai da cabeça

O penúltimo dia do desafio. Atrasado. Porque já nem fazia sentido se fosse a horas. (Não, estou a brincar, devia ser a horas.) Das melhores músicas de sempre e daquelas que nunca me sai da cabeça. Sei de cor e de trás para a frente e nunca, mas nunca, me canso!

domingo, 9 de agosto de 2015

28/30 - Uma música que te faça lembrar de alguém especial

Ontem não publiquei a música diária que era suposto publicar. Mas não foi porque me atrasei, foi mesmo porque não há nenhuma música com a qual goze. Se há eu não me lembro.
Às vezes as músicas têm significado e fazem-te lembrar de alguém especial por associação, porque associas certa música a certa pessoa. Outras vezes a letra da música faz-te lembrar alguém especial. É este o caso!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

26/30 - Uma música da tua banda favorita

Hoje é o dia 26 do desafio. Um número muito especial para mim, então o tema acidentalmente não podia ser mais adequado. Tenho dificuldade em dizer qual é a minha banda favorita porque tenho um grupo de bandas que adoro. No entanto talvez responda com mais facilidade que são os Coldplay. Mas podiam ser os Oasis, os Radiohead ou os Nirvana. Porquê Coldplay? Porque já os vi ao vivo e foi dos melhores dias da minha vida.

25/30 - Uma música em acústico que adores

Isto anda muito atrasado. Eu tenho a minha parte de culpa, mas a minha ligação à internet tem estado mesmo má e é Agosto por isso a minha casa tem estado cheia de família que vive longe o resto do ano. Tenho imenso para falar aqui que nem sei por onde começar. Mas primeiro o que já está atrasado!
Uma música em acústico que eu adoro? A maioria. A maioria prefiro ouvir em acústico, transmite uma sensação mais íntima e pessoal. Escolher só uma é difícil, mas escolhi esta por ser uma música de que gosto à muito tempo. É linda e em acústico é ainda melhor!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

24/30 - Uma cover

Ontem acabei por ficar sem ligação à internet. Ainda não percebi porquê, mas quando estava a preencher a candidatura de acesso ao Ensino Superior (da qual pretendo falar mais à frente) a minha internet estava constantemente a falhar sendo que me pedia para fazer o login inúmeras vezes e obrigando-me a ter de preencher todos os dados de novo. Acabei por me cansar e deixar isso para hoje. E o post também. Acabei agora mesmo de preencher a candidatura (fingers crossed) que me andava a deixar tão nervosa. Agora é tempo de pôr o estaminé em ordem!
Uma cover? Fácil, muito fácil. Tão fácil que até vos dou duas, as minhas favoritas. Só para vos compensar dos meus atrasos.

A Case of You, originalmente interpretada por Joni Mitchell, aqui na voz do fantástico James Blake. Uma das minhas músicas preferidas de sempre. Tão poderosa e tão bonita! Adoro a original, mas a cover é divinal!

Billie Jeans já todos conhecemos, na voz do incrível e único Rei da Pop Michael Jackson. A cover dos Coldplay já não é tão conhecida e divulgada, afinal é uma cover. No entanto é só mais uma prova de que os Coldplay quando fazem uma coisa, fazem-na muito bem. É sem dúvida música para os meus ouvidos!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

23/30 - Uma música que te faça ficar zangada

Estou atrasada outra vez, eu sei. Aposto que já sentiram a falta do meu (bom) gosto musical ontem, mas foi quase impossível vir cá dar novidades. Consegui vir aqui ao fim da manhã e tinha esperança de ter tempo durante a tarde, mas não deu. Tive de resolver um problema com o meu telemóvel e depois fui jantar à Praça Santiago e ver a Marcha das Gualterianas, que encerra as festas da cidade. O tempo esgotou-se mas é melhor tarde do que nunca, certo?
Não há nenhuma música que me faça ficar zangada no verdadeiro sentido da palavra, a não ser aquelas que os concorrentes da Casa dos Segredos lançam assim que se vêm cá fora e que são tão más para os ouvidos que dói. Essas zangam-me porque até eu podia fazer muito melhor! Como é óbvio eu não vou partilhar isso aqui porque se eu não gosto e não é relevante então não vou partilhar, partilho o que merece ser partilhado. Como resolver então este problema existencial? Simples, Eminem. O melhor é sempre a solução. Não me faz ficar zangada no sentido real da palavra, ou no sentido mais usado. Faz-me ficar zangada mas num sentido em que não estou zangada. Faz sentido? Não, nenhum. Mas se ouvirem e estiverem atentos à letra percebem o que eu quero dizer. Se o Eminem está zangado, eu estou zangada. Depois digam-me que eu não sou solidária...


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O melhor dos concertos grátis

Na sexta-feira não sabia ao que ia, não sabia como ia ser o concerto do Richie Campbell. No sábado já tinha uma ideia, era a segunda vez que via o Tiago Bettencourt ao vivo. A primeira vez foi num showcase da FNAC, num registo acústico e para setenta ou cem pessoas. Gostei muito e sabia que tinha de o voltar a ver. É daqueles poucos em que a versão ao vivo é melhor do que no estúdio. Para além da inegável qualidade que lhe é característica é muito comunicativo e bem-disposto, tem um charme natural que capta toda a atenção da plateia. O concerto de sábado na PAC foi num registo diferente mas espectacular na mesma. Foi acompanhado pela banda, e teve como pontos altos as esperadas: Canção de engate, Carta, Morena e Aquilo que eu não fiz. Houve ainda tempo para algumas em acústico já para o final, com o público a fazer sugestões daquilo que queria ouvir (como aconteceu no showcase). Para mim é dos melhores artistas portugueses e foi um dos melhores concertos em português que já vi. O melhor dos concertos grátis também é teres a oportunidade de ir ver alguém que já viste mas que de tão bom que é tens de voltar a ver!

domingo, 2 de agosto de 2015

22/30 - Uma música que seria o genérico de um programa de televisão sobre a tua vida

Hoje estou demasiado cansada para escrever. Para além disso, a música fala por si. Não são necessários acrescentos. Uma música intemporal, como eu gostava de ser. E eterna, como eu gostava de ser. E não é só porque é a música predilecta do Steve Jobs. Não.. Há mais desta música que fascina!

sábado, 1 de agosto de 2015

O melhor dos concertos grátis

Concertos grátis e perto é sempre mais do que bom. Quando são concertos com qualidade é ainda melhor. Quando vais ao concerto e ficas positivamente surpreendida então é perfeito. Vi ontem o Richie Campbell na Plataforma das Artes e da Criatividade - o primeiro de dois grandes concertos grátis das Gualterianas, as festas da cidade. Conhecia uma ou outra música e ia sem qualquer tipo de expectativas. Não sabia se ia ser bom ou não. Não era fã. Já tinha ouvido alguma coisa sobre ele, já tinha inclusive visto uma entrevista e sabia que andava a dar cartas lá fora. Era tudo o que sabia. Nada de letras decoradas ou de conhecer as músicas todas de trás para a frente. Quando o Richie entra no palco cheio de energia e a saltar como se não houvesse amanhã pensei com os meus botões que o homem não ia ter energia para estar assim o tempo todo, ou então ia ser um concerto mini. Felizmente provou que eu estava enganada. Teve muita energia o concerto todo, houve espaço para as mais conhecidas e para dar a conhecer parte do novo álbum e ainda para uma magistral cover da Ain't No Sunshine. Não podia pedir mais. O melhor dos concertos grátis é ir ver uma banda que mal conheces e que provavelmente não pagavas para ir ver mas sais de lá disposta a pagar para ver a banda e totalmente satisfeita por dizer que são de Portugal. Assim dá um tremendo gosto ouvir música ao vivo. Obrigada Richie Campbell, por me surpreenderes de forma tão positiva. És enorme!!

Seth Rogen 15 - 0 Kim Kardashian

Se tivesse de escolher uma música para tirar do álbum Yeezus de Kanye West seria a última, Bound 2. Não é que não goste da música, mas acho que está francamente pobrezinha quando comparada com o resto do álbum. E o vídeo então nem se fala... quase tudo o que tem a mão das Kardashians não é boa coisa. E eu prefiro a paródia com o Seth Rogen e o James Franco. Digam-me lá se não está amoroso. O Kanye achou o mesmo, gostou tanto que queria que eles fossem fazer uma performance no seu casamento com a Kim. Não se realizou, mas a paródia está fantástica. Podem comparar o Bound 2 e o Bound 3 lado a lado aqui:

21/30 - Uma música que queiras dançar no teu casamento

Não faço a mínima ideia do que quero dançar no meu casamento. Acho que quero dançar muito e muita coisa. Hoje vou só fazer uma sugestão. Uma música que adoro e com uma letra fantástica. A versão original, que eu também adoro, é da diva Etta James. Aqui na voz de Beyoncé no baile de inauguração da Casa Branca com Barack e Michelle Obama a dançar. Adoro!