segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sétima Arte | The Giver


Uma sociedade utópica e futurista. É a premissa para o filme The Giver, realizado por Phillip Noyce. O filme é uma adaptação do livro homónimo escrito por Lois Lowry. Conta com um elenco secundário de grande qualidade: Jeff Bridges e Maryl Steep.
Este mundo é organizado em comunidades lideradas por anciãos (a líder é a personagem interpretada pela Maryl Streep) onde ninguém tem um sobrenome e seguem religiosamente uma série de regras fundamentais que lhes garantem uma sociedade igualitária. Regras como uma hora de recolher obrigatório e não haver contacto físico entre pessoas fora do seio familiar e em público. O mundo é monocromático e frio. Quando nascem, as crianças são designadas para uma família e depois de se graduarem é-lhes designado um trabalho que se ajuste às suas capacidades. Neste mundo não há guerras, não há doenças, não há dor. Neste mundo também não há cor, nem música, nem amor. Tudo é escondido por detrás da "Precisão de discurso" de que todos falam. Não há tristeza, nem felicidade. É tudo cinzento. Apenas uma pessoa tem acesso a todas as memórias do mundo: o receptor de memórias.
O filme testemunha o momento em que o receptor de memórias tem de passar os seus conhecimentos e as suas memórias a outra pessoa. Passa, portanto, a ser o Doador (Jeff Bridges). E é Jonas (Brenton Thwaites) o designado para a missão de receber as memórias do mundo.
É, antes de começar esta jornada, avisado para a dificuldade da missão, mas julga-se preparado. Então Jonas conhece as cores, os sons, a música, a neve. Aprende o que é o amor. Conhece as coisas boas do mundo. Infelizmente, o mundo não é um mar de rosas e Jonas conhece também a crueldade do mundo. A guerra, a dor, o sofrimento. Apesar de tudo isso, Jonas acha que é injusto o mundo não poder desfrutar de todas aquelas coisas e vai lutar até conseguir proporcionar a todas as comunidades todas essas sensações.
O filme tem um tom filosófico. Apesar de ser um filme de ficção científica deixa-nos com várias questões na cabeça, para reflectir. Será que estaríamos dispostos a viver num mundo despido das coisas boas só para não ter as más? Será que estaríamos dispostos a viver numa sociedade tão fria em que éramos obrigados a tomar uma injecção todas as manhãs para não sentir nada? O que seria melhor? E será que nós não vivemos cada vez mais numa sociedade uniformizada? Controlada?
Não é um filme brilhante, não é. Mas dentro do género é um filme que vale a pena ver. O filme conta ainda com participações de caras conhecidas como Katie Holmes e Taylor Swift.






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