Trumbo
Fiquei extremamente feliz quando vi o Mr. White, perdão, o Bryan Cranston, nomeado para o Oscar de melhor actor, ainda antes de ter visto Trumbo, porque sabia que é um actor de enorme qualidade e capaz de fazer magia no ecrã.
Desta vez fá-lo na pele de Dalton Trumbo. Trumbo foi um dos homens que marcou os dias negros de Hollywood e cuja história é trazida agora à ribalta.
É um filme interessante mas que tem dois pontos, em particular, que merecem ser referenciados: o primeiro é, naturalmente, Bryan Cranston; o segundo é o tema importante que, se não fosse por este filme, eu nem sequer tinha conhecimento. Trumbo foi proibido de trabalhar (continuou a trabalhar, e a ganhar prémios com o seu trabalho, mas de forma clandestina) e colocado numa "lista negra" porque simpatizava com os ideais comunistas. É ridículo que se proíba alguém de trabalhar com base nas suas ideologias, ou pelas suas ideologias serem contrárias à maioria.
A nomeação de Cranston a melhor actor parece-me justa e ainda que não seja um filme revolucionário ou inesquecível, vale a pena ver. Principalmente, para não voltar a repetir os erros do passado!
The Martian
Só descobri que The Martian era uma comédia quando ganhou o Globo de Ouro de Melhor Comédia. Quando vi a notícia fiquei baralhada. Spy, nomeado na mesma categoria, é uma comédia. The Martian às vezes dá para rir, o que não o torna numa comédia. Eu percebi a lógica, no entanto: o The Revenant, Room, Spotlight e etc. estavam nomeados na categoria de drama e contra esses filmes duvido que The Martian tivesse hipótese de ganhar. Como duvido que tenha alguma hipótese hoje.
É um filme que tem capacidade de entreter e de nos manter presos ao ecrã (apesar de sabermos de antemão que tudo vai ficar bem) e foi o filme de ficção científica que mais gostei de ver o ano passado. Matt Damon faz o que lhe compete, é engraçado quando precisa de ser e corresponde ao que o personagem pede e isso valeu-lhe a nomeação a melhor actor.
Mad Max: Fury Road
Se não fosse pelos nomeados ao Oscar de melhor filme do ano passado, Whiplash provavelmente passar-me-ia ao lado. O que era um crime porque é um óptimo filme! Se não fosse pelos nomeados ao Oscar de melhor filme deste ano, provavelmente Mad Max passar-me-ia ao lado, e eu acho que não perdia nada!
A minha primeira tentativa de ver este filme foi no Verão. Na primeira cena (ou segunda, ou a começar) aparece um homem no meio do deserto a comer um bicho (vivo!) como quem vai à cozinha comer uma Oreo. Revirei os olhos e não quis saber mais disto. Nem o giraço do Tom Hardy (que estava a comer o bicho) me convencia. Até ver que estava nomeado para... (rufar de tambores) DEZ oscares!!!!! Pensei com os meus botões que podia ter feito um julgamento demasiado rápido e podia ter sido injusta. Dei-lhe uma segunda oportunidade.
Devo dizer que eu sou suspeita. Não sou fã de filmes que se desviem demasiado da realidade. É o meu gosto pessoal e desde que me lembro que este género de filmes não me dá gozo nenhum. Sei que um dos objectivos do cinema é "tirar-nos" deste planeta e envolver-nos no planeta dentro do ecrã mas ainda assim prefiro coisas mais... naturais.
Voltando ao Mad Max. Dei-lhe uma segunda oportunidade. Fiz o esforço de ver até ao fim, são duas horas. Muito sinceramente o filme pareceu-me quase todo igual: conduzir a "máquina de guerra". Foi isso que retive do filme. Entendo a nomeação para o Oscar, por exemplo, de melhores efeitos visuais e melhor caracterização. Melhor filme? Pessoalmente, substituía-o com facilidade nos nomeados porque foi dos filmes mais aborrecidos que já vi.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Sétima Arte | Trumbo & The Martian & Mad Max
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