The Hateful Eight
Quentin Tarantino já disse que vai realizar dez filmes na sua carreira. The Hateful Eight é o oitavo.
O oitavo não é o melhor de Tarantino, mas mais ninguém poderia fazer quase três horas de filme passarem tão rápido. Não é um filme para as massas (acho que os filmes de Tarantino não o são), mas tem tudo o que é preciso para ser excelente: a banda sonora de Enio Morricone, o desempenho brutal de todo o elenco com claro destaque para Samuel L. Jackson e Jennifer Jason Leight (que lhe valeu a nomeação a melhor actriz secundária) e diálogos maravilhosos.
Tarantino era o único que podia realizar The Hateful Eight com tanta mestria e qualidade!
Room
É impossível esquecer Room. Não precisei de muito para perceber isso. Ver o mundo pelos olhos de uma criança que não conhece o mundo quase nos leva às lágrimas. A simplicidade e a inocência de Jack (Jacob Tremblay) são marcantes.
É daqueles filmes que têm o poder de afectar o espectador não só psicologicamente mas também fisicamente. Dói e destrói. É com filmes destes que nos apaixonamos por cinema, uma e outra vez!
Lenny Abrahamson tem a capacidade e a qualidade para nos fazer sentir enclausurados dentro de um quarto, como se nós também nunca de lá tivéssemos saído, como se aquele fosse o mundo que conhecemos; e tem a capacidade e a qualidade de nos fazer descobrir, ao mesmo tempo que Jack, que afinal o mundo é muito maior, com muitas mais pessoas e árvores de verdade e portas que abrem e que dão para outras portas.
Jacob Tremblay, com apenas 9 anos, faz veteranos corar de inveja. O miúdo é um diamante em bruto e não era escândalo nenhum vê-lo nomeado na categoria de melhor actor. Brie Larson é fantástica e merece totalmente a nomeação (e provavelmente será a vencedora). Inesquecível e dos filmes que vão ser recordados por muito tempo! Room vai, provavelmente, destruir-te. E dar-te vida outra vez!
The Revenant
Todos os elementos de The Revenant são marcantes. Felizmente não me escapou no cinema. Se há filme que vale a pena dar 6€ para ir ao cinema, é este!
Não é o melhor de Leonardo DiCaprio, mas é bom o suficiente para lhe garantir a nomeação e lhe ter garantido todos os prémios que precedem os Prémios da Academia (inclusive o Globo de Ouro). Hugh Glass não é um homem de muitas palavras, mas percebemos-lhe a sede de vingança, a determinação e a resistência. Para além de DiCaprio, valeu a Tom Hardy, merecidamente, a nomeação a melhor actor secundário.
The Revenent é uma obra-de-arte e é uma regalia para os olhos. Indicado em 12 categorias, acredito piamente que será o vencedor da noite e com toda a justiça. Iñarritu mostra-nos que sabe muito bem aquilo que anda aqui a fazer!
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