quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A minha estante | A transformação de Steve Jobs

Foto: Saída de Emergência
A primeira coisa a captar a minha atenção foi, naturalmente, o nome Steve Jobs. Nunca é demais ler sobre um visionário e um homem que revolucionou a forma como vivemos o dia-a-dia. Logo a seguir a capa holográfica conquistou-me e sabia que este livro não ia demorar muito a estar nas minhas mãos.
Já tinha lido Steve Jobs, a biografia autorizada da autoria de Walter Isaacson e gostei muito. É natural que se entre em comparações sobre qual é a melhor. Se me pedissem alguma coisa para ler sobre Steve Jobs, eu provavelmente referenciava as duas porque oferecem perspectivas diferentes, de diferentes pessoas. Ao ler A Transformação de Steve Jobs fiquei com a sensação de que os autores assumem que o leitor já leu a biografia de Isaacson. 
Enquanto que Isaacson nos leva a conhecer a história de Jobs desde a sua infância, e nos dá a conhecer a vida não só no campo profissional, mas também no campo pessoal através das suas relações familiares e românticas, a biografia de Schendler e Tetzeli centra-se mais na evolução profissional de Steve Jobs, desde a criação da Apple e do seu despedimento da empresa que fundou até ao seu retorno brutal que tirou a Apple de uma situação delicada, já perto da falência, e a tornou numa empresa de incontável sucesso, passando pela criação da NExT e da sua paixão pela Pixar.
Temos acesso a um outro Steve Jobs: mais humano e mais sensível. Assim como temos acesso a alguns episódios que só alguém próximo de Steve Jobs nos poderia narrar, como é o caso de Brent Schlender, o principal escritor desta biografia. Um dos episódios que mais me deliciou foi quando Schlender marcou uma entrevista conjunta com Andy Grove, Bill Gates, Michael Dell e, claro, Steve Jobs para 18 de Dezembro de 2008. Reunir estes quatro homens não era fácil e foi preciso qualquer coisa como seis meses para preparar tudo. Uns dias antes Jobs liga a Schlender para dizer que não ia conseguir aparecer no dia combinado. Ainda não tinha revelado a ninguém que voltara a ficar gravemente doente e estava muito fraco e magro, não queria que ninguém o visse daquela forma. Schlender perguntou-lhe, então, que justificação queria que ele desse a Andy, Bill e Michael. A resposta dele foi mordaz mas maravilhosa, como só poderia ser, vinda de Steve Jobs: "Diz-lhes só que estou a ser um cretino. É o que provavelmente vão pensar, de qualquer maneira, por isso porque não dizê-lo?".
No fim de ler duas biografias de Steve Jobs, fiquei sempre com a mesma sensação: Jobs foi um visionário capaz de mudar o mundo e a forma como o vivemos e experimentamos e é, sem dúvida, uma pessoa que eu gostava muito de ter conhecido! Ontem completava 61 anos, se o cancro não lhe tivesse roubado a vida. Partiu cedo de mais. Acredito piamente que teria muito, muito mais para nos mostrar!

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