quinta-feira, 31 de julho de 2014

The Expendables 3


Não sendo fã do tipo de filme que é mas como amante de cinema, gosto de ver de tudo um pouco. E não se pode dizer não a um filme que integra no elenco nomes como Jason Statham (o meu actor preferido no que toca a filmes de acção), Sylvester Stallone, Harrison Ford, Mel Gibson e Arnold Schwarzenegger. Desta vez, com caras novas à mistura e pouco conhecidas no mundo da sétima arte: Ronda Rousey (a bad-ass girl!!), Glen Powell e Victor Ortiz, entre outros.
Quando olhamos para o elenco e nos deparamos com estes nomes, podemos de ante-mão perceber que não vamos ter um guião fantástico com uma história espectacular mas sim cenas de acção atrás de cenas de acção, pancadaria, armas e explosões. É praticamente um dado adquirido. E com um bocadinho de humor à mistura, sendo que, para mim, a personagem mais cómica e que vai refrescando o filme de tanta acção, é Antonio Banderas. Um dos grandes momentos de humor ocorre também quando Doc (Wesley Snipes) é confrontado com o motivo da sua prisão no filme, ele responde que foi devido a evasão fiscal. Na vida real, Wesley Snipes foi mesmo condenado à pena de prisão devido a... evasão fiscal.
Uma delícia para os amantes do género, um tributo aos filmes de acção da década de 90 e que quando o filme começa já temos uma ideia de como vai acabar. Ainda assim, não deixa de ser um filme épico com actores lendários. É por isso que considero que vale a pena, apesar do argumento fraquinho, duvido que algum filme volte a juntar tantas lendas como este. Recomendo, principalmente para os amantes de filmes de acção.
E um ponto extremamente positivo, pelo menos para mim, é ver a relação entre o grupo de old school com os novos pupilos.

P.S.: Eu sei que o filme ainda não está nos cinemas e foi vazado para a internet ilegalmente antes da estreia e os prejuízos adivinham-se grandes. É mau para o cinema e eu como viciada em cinema que sou, considero isto mau e sinto uma certa culpa ao ver o filme desta forma. Mas também acho que os bilhetes de cinema estão demasiado caros. A cultura devia estar acessível a todos, e desta forma não está. E é o cinema que está a perder com isso.



quarta-feira, 30 de julho de 2014

Istambul, Turquia

A vista da Torre Gálata
Ainda não tinha tido oportunidade de falar aqui no blog da minha viagem a Istambul, na Turquia. Tive oportunidade de lá ir ao abrigo de um programa escolar em Março do corrente ano e teria muito prazer em lá voltar, não só para conhecer melhor a cidade mas também para conhecer o resto da Turquia, em especial o Sul que me parece absolutamente encantador.
Esta é a única cidade do mundo que está dividida entre dois continentes: o europeu e o asiático. É uma das cidades mais antigas do mundo, fundada no ano 657 a.C.. Ao longo da sua história foi capital de três impérios: o Romano, o Bizantino e o Otomano. Não há como negar a sua grandiosidade.
Acredito não haver em todo o mundo uma cidade igual: o contraste entre o Ocidente e o Oriente é notório em todos os cantos. O sítio onde vemos lado a lado uma mulher com jeans e uma mulher de burca. Uma cidade de mesquitas imponentes e de pessoas religiosas.
Cheguei a Istambul num fim-de-tarde agradável. Depois de um dia de viagens (saímos do Porto por volta das 6h da manhã, o nosso voo fez escala em Frankfurt) o corpo pedia uma boa noite de descanso. Assim que deixei o aeroporto percebi que descanso não é um palavra que faça parte do dicionário desta cidade. Luzes por toda a parte, pessoas das mais diversas etnias, restaurantes e cafés lotados e um trânsito caótico. Uma cidade sem fim. Uma cidade que não quer descansar. Fiquei hospedada na casa de uma família turca do lado asiático. A casa onde fiquei instalada era em frente ao estádio do Fenerbahce e fiquei extremamente desiludida quando me apercebi que não ia ter oportunidade de assistir a um jogo ao vivo. Apesar do receio que tinha fui extremamente bem recebida e considero-os como minha família também, tive sempre tudo à disposição e foram impecáveis. Estou eternamente agradecida!
Durante os dias que lá estive, tive a oportunidade de visitar a parte asiática e a parte europeia da cidade. E os contrastes são visíveis: o lado europeu é mais histórico, enquanto que o lado asiático é mais novo. Se tivesse de escolher, optava pelo lado europeu.
Gostei da grandiosidade da Mesquita Azul, é um lugar inesquecível, a sua imponência no exterior contrasta em perfeita harmonia com o carácter mais delicado no interior. Infelizmente não consegui visitar a basílica de Santa Sofia mas tem um exterior grandioso! Não vou esquecer a junção de cores e cheiros do Grande Bazar, com produtos tão magníficos que apetece trazer tudo para casa, e que serviria de cenário perfeito para um filme das Arábias. Os comerciantes são de uma enorme simpatia e não se inibem de falar com os clientes, são muito perspicazes e falam em diversas línguas (uma senhora onde comprei especiarias falou o tempo todo em português e escreveu o nome das especiarias em português também, sem um único erro!) e adoram negociar! A Praça Taksim é verdadeiramente interminável, sempre cheia de gente e com recantos maravilhosos. Na Torre Gálata tive a oportunidade de contemplar, de forma panorâmica, a cidade, observar o quanto Istambul tem de encantador, onde pude ver prédios de luxo ao lado de casas mais modestas.
Istambul é uma cidade de encantos durante 24 horas, todos os dias. Ruas e ruelas, mulheres que cobrem todo o seu corpo ao lado de mulheres com roupas tipicamente ocidentais, tradições milenares que convivem com o moderno do século XXI, uma azáfama constante mas uma paz inigualável, a Ásia e a Europa. O diferente. Istambul é sem dúvida uma cidade diferente e maravilhosa, de onde guardo memórias que nunca vou esquecer e pessoas por quem nutro um grande carinho. Uma cidade que vale a pena!





Tive a oportunidade de visitar esta exposição no ARTER. Infelizmente as fotografias do interior da exposição não têm uma grande qualidade pois não é permitido usar o flash da máquina. Podem saber e ver mais da exposição aqui.
























Todas as fotografias são da minha autoria. Foram tiradas em Istambul em Março de 2014. Agradeço que, caso alguém tenha como intenção utilizá-las, me pergunte primeiro e as identifique como sendo minhas. Obrigada!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Infinito



Sempre fui naturalmente atraída pelo infinito. Ou então pela sensação do infinito. A sensação que nos deixa imaginar que mundos há para além do nosso. Também gosto do balde de água fria que o infinito nos oferece: afinal não somos nada, não significamos nada, o mundo existia antes de nós e existirá depois. A vida é muito simples. Nós gostamos de a complicar. Sabe bem olhar para o infinito de vez em quando, com calma e sem pressa. De havaianas nos pés e de paz no coração. O infinito faz-me bem. Vejo o infinito no mar e no céu, em todas as coisas que não têm fim. No amor. E percebo que há mais mundos para além do meu. Afinal, há tantos mundos como há pessoas.






Todas as fotos são da minha autoria. Foram tiradas em Nazaré em Setembro de 2013. Agradeço que, caso alguém tenha como intenção utilizá-las, me pergunte primeiro e as identifique como sendo minhas. Obrigada!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Somos muito pequeninos. Ou talvez não.


Costumam (e nós também temos esse hábito) dizer que nós, aqui neste cantinho plantado à beira-mar, somos muito pequeninos. Por um lado somos. Por outro lado somos enormes. Eu vou explicar melhor a minha ideia.
O melhor jogador de futebol do mundo, Cristiano Ronaldo, é português. O melhor treinador do mundo, José Mourinho, é português. Eusébio e Figo, futebolistas mundialmente aclamados, são (adivinhem!) portugueses. E nós temos o hábito de nos gabar disso. E ai de quem nos fale mal deles (se forem estrangeiros claro, porque o portuguesinho para criticá-los também não precisa de muito). E eu sou uma fanática de futebol confessa, adoro futebol, adoro ver um bom jogo de futebol e vou ao estádio com muita frequência. Mas também gosto de acompanhar outras modalidades.
Hoje o melhor tenista português de sempre ascendeu ao 35º lugar do ranking ATP depois de ter chegado à final do ATP250 de Bastad, na Suécia. O João foi o único tenista português a vencer um torneio ATP (Kuala Lumpur). Ainda assim tem poucos (ou nenhum) apoio, têm pouca atenção por parte da imprensa, tem pouco reconhecimento. Ainda assim, eleva, com imensa mestria, o nome de Portugal.
Ontem, por sua vez, Tiago Machado, conseguiu posicionar-se no 3º lugar da classificação da Volta à França em Ciclismo. O que é, também, uma óptima notícia. Hoje, infelizmente, as coisas não estão a correr tão bem para o Tiago, depois de uma queda foi noticiada a sua desistência da prova sendo que isso foi um erro jornalístico e corrigido mais tarde e temos, por isso, Tiago Machado em prova outra vez apesar de ser complicado recuperar o tempo perdido, mas eu acredito! Rui Costa está, também, muito bem na Volta à França, em especial na etapa de hoje.
Receber estas notícias deixa-me com o coração cheio de orgulho. É bom (maravilhoso!) saber que há atletas portugueses por esse mundo fora cheios de valor e de talento. Sei que vão ter o reconhecimento merecido, mais tarde ou mais cedo. Os campeões têm sempre!
Só me resta dar os parabéns a estes dois grandes atletas, mas também a todos aqueles que levam o nome de Portugal além-fronteiras. Sei que só referi desportistas, mas há, em muitas e nas mais diversas áreas, nomes sonantes portugueses. Todos merecem reconhecimento, todos são enormes. Um enorme obrigada, vocês fazem-nos ser enormes. E eu acredito em vocês, com tudo!
E como disse, somos também muito pequeninos. Somos pequeninos porque não proporcionamos, muitas vezes, a estes atletas a oportunidade de crescerem mais, de se expandirem. Não lhes proporcionamos apoios. As viagens, equipamentos, etc. de muitas atletas são, muitas das vezes, pagos pelos próprios sendo que não recebem qualquer tipo de apoio do Estado (gastar dinheiro em submarinos avariados foi sempre muito mais espectacular). Isto revolta-me porque sei que há muitos atletas que desistem porque não têm possibilidade financeira para continuar. E isso é digno de gente pequenina.

Mundial de Futebol 2014


Há muita gente que quer esquecer este mundial. Muitas equipas favoritas não passaram sequer da fase de grupos. Nós ficamos pelo caminho cedo de mais. A detentora do título, nuestros hermanos, também ficou por caminho na fase de grupos. O Brasil foi goleado e humilhado pelos alemães. Outros fizeram história, como é o caso da Argélia e a Costa Rica.
Mas desde o início deste campeonato do mundo que a Alemanha deu provas de que era uma equipa muito bem preparada e que estava ali para fazer frente a qualquer outra selecção. Sem medos. A selecção alemã é de luxo, recheada de jogadores brilhantes, apesar de não ter uma figura principal (como o Ronaldo na selecção portuguesa ou o Messi na Argentina). São frios quando jogam e acreditam sempre. Talvez seja esse o segredo desta selecção.
Não queria que a Alemanha fosse até à final mas uma vez lá torci para que levassem a Taça. Porque a mereciam, porque fizeram um trabalho sério e com valor. Fiquei feliz com o golo muito bem executado pelo Gotzë. E não há muito a dizer para além disto, quem leva para casa a Taça é quem a merece levar.

Só quero referir mais uma coisa. Messi leva para casa o prémio de Melhor Jogador do Mundial. O Messi é, como não é preciso dizer, um jogador espectacularmente bom, mas não merecia, de forma nenhuma,receber este prémio porque não foi o Mundial dele, de forma nenhuma mas já nos fomos habituando a ver que a FIFA é um poço de interesses e que faz disto tudo o que bem lhe apetecer. Eu atribuía o prémio a Robben, da Holanda ou a James Rodríguez, da Colômbia e que foi também, e tão jovem, o melhor marcador deste Mundial. Quanto ao Neuer, e apesar de o prémio de Melhor Guarda-Redes do Mundial não me parecer mal atribuído também ficava igualmente bem a Howard dos Estados Unidos.

O golo de Gotzë que leva a Alemanha à vitória

What else?

O melhor marcador do Mundial.

E se eu tivesse de eleger o melhor golo do Mundial, eu escolheria, sem dúvida, o golo de Van Persie logo no início do Mundial, no jogo Holanda - Espanha. Confiram o brilhantismo deste golo:

Obrigada ao Brasil por proporcionar, aos verdadeiros amantes de futebol, um belo espectáculo a todos os níveis. Apesar da polémica, e felizmente, correu tudo pelo melhor e o Brasil organizou um belo mundial.
Em 2018 há mais, até já Rússia!

sábado, 12 de julho de 2014

Lost in Translation


"Lost in Translation" é uma expressão que representa aquilo que se perde quando as palavras ou frases são traduzidas para uma diferente língua. Nenhum título se adequaria melhor ao filme de 2003 realizado por Sofia Coppola.
A história do filme gera em torno de duas pessoas (Charlotte e Bob) e dos seus casamentos obsoletos e que não preenche nenhum dos protagonistas emocionalmente. O encontro acontece no bar do hotel onde estão hospedados numa noite em que nenhum consegue dormir na estonteante cidade de Tóquio. Charlotte (Scarlett Johansson) encontra-se a acompanhar o marido, fotógrafo que passa muito tempo fora do hotel e longe dela, o que faz com que se sinta solitária, perdida e sem saber o rumo da sua vida. Bob (Bill Murray) é um actor que se encontra em Tóquio para fazer uma publicidade bastante lucrativa a um whisky e apesar de ser casado à 25 anos, não é preenchido emocionalmente como deseja.
E é a partir deste enredo que o filme foge do romance cliché habitual. Bob e Charlotte partilham segredos, horas intermináveis. Compreendem-se mutuamente e redescobrem-se aos poucos. A história de amor nunca chega a acontecer, apesar de partilharem carinhos ao longo do filme nunca chegam a ter uma relação física, sendo esse impasse mais um motivo para ficar preso ao ecrã.
É um filme com pouca acção mas com um argumento maravilhoso e que levou a que Sofia Coppola recebesse o prémio de Melhor Argumento Original (sendo este o segundo filme da sua carreira).
A fotografia é fantástica e apresenta-nos Tóquio assim como ele é e todo o materialismo que o caracteriza assim como a sensação das duas personagens principais de que não pertencem ali. É um filme que vale a pena rever porque nos consegue transmitir a nostalgia, o vazio e a solidão que os personagens sentem mas também as transformações que sofrem interiormente juntos e que os melhoram. Mais do que um filme bom, é um filme bonito. À medida e imagem de Sofia Coppola.




sexta-feira, 11 de julho de 2014

Esqueci-me que tinha um blog

Deixei de escrever aqui no meu cantinho virtual. Não sei bem porquê, provavelmente foi fruto do cansaço e de tudo o que tinha para fazer para além disto. Desde aí muita coisa aconteceu, parece uma eternidade desde a última vez que escrevi alguma coisa. Parece que estou a começar de novo. Sabem aquela pessoa da qual eram realmente chegados e se vão afastando gradualmente até perderem contacto e de repente se reencontram? A intimidade está lá, a confiança é que não. É exactamente o que eu sinto agora. E começar é estranho.
Na verdade, o título deste post é enganador. Eu não me esqueci que tinha um blog. Só me descuidei, deixei de lhe dar a devida atenção. Nunca tive nenhum compromisso em escrever aqui mas neste momento preciso de me agarrar a alguma coisa com continuidade e por isso decidi dar continuidade ao que já tinha (muito por culpa da minha partner in crime, obrigada Luiza!). Não sei até quando vai durar esta continuidade, mas conto com vocês, desse lado do ecrã para que possa dar a tal continuidade a este projecto.. O meu objectivo é o mesmo do início: partilhar coisas que captem a minha atenção e que sejam interessantes. Partilhar um bocadinho do que eu gosto, daquilo que faz parte da minha vida e daquilo que me dá prazer. Falar de futebol, de cinema, de música, de livros e daquilo que me apetecer. Não é um blog exclusivamente de gajas. Nem é um blog só para gajos. Aqui são todos bem-vindos. Espero que gostem.

Aviso: a autora deste blog, moi même, pode nem sempre ser politicamente correcta.