sábado, 19 de setembro de 2015

Vamos fazer história?

Este é o mote que o Vitória adoptou este ano. Eu quero que façamos história. Quero... pela positiva!
Tenho quase a certeza que têm uma tia ou um membro da família que de quando em vez e num ou noutro Natal lá em casa vos perguntavam, quando eram pequenos, se gostam mais do pai ou da mãe. É aquela pergunta estúpida e sem sentido mas que ninguém se coíbe de fazer às crianças. O equivalente dessa pergunta em futebol seria a típica: mas então pá, preferias que a tua equipa conquistasse os 3 pontos ou que jogasse muiiiiiito bem? Uma pessoa nunca sabe muito bem como responder, porque gosta dos dois. A verdade é que os 3 pontos são fundamentais; o bom futebol não garante uma boa posição no final do campeonato. No entanto, não dá gosto sentar na cadeira do estádio ou no sofá e ver uma espécie de solteiros contra casados. O verdadeiro problema surge quando nem se tem os 3 pontos nem se joga futebol.
Não sei se perceberam onde quero chegar. A ideia deste post é falar do Vitória e dos problemas do Vitória que, diga-se de passagem, não são poucos. Em 7 jogos que vi do Vitória esta época (dois para a Liga Europa e cinco para o campeonato) ainda não vi bom futebol, ainda não vi uma ideia de jogo, ainda não vi nada daquilo que esperava ver. O que vi foi o Vitória ser derrotado três vezes, empatar outras três e vencer apenas uma. Para o campeonato o Vitória conta com 4 golos marcados, sendo que dois são auto-golos e um penalti. Encontra-se na 9ª posição com 6 pontos (de 15 possíveis), mas uma vez que a jornada se iniciou hoje e ainda faltam jogar 16 das 18 equipas, é provável que não se mantenha por lá. Talvez eu seja só eu no meu momento piegas do dia, mas considero que são números alarmantes a não ser para quem quer um campeonato tranquilo, claro (o que não é o meu caso).
Acho que não vale a pena tecer grandes comentários ao jogo de hoje porque foi mais do mesmo. Um jogo enfadonho em que o Vitória de Setúbal, apesar da desvantagem numérica a partir do primeiro minuto, conseguiu ser superior em alguns momentos do jogo. A única coisa que tenho a dizer é que fomos felizes em conseguir trazer um ponto para Guimarães, De facto não sei o que se passa. Nota-se que é uma equipa profundamente desinspirada e sem saber muito bem o que fazer com a bola. Não tem ideias, não tem criatividade, não tem coesão. O espírito da equipa também não parece o melhor, não parecem uma equipa mas sim um conjunto de homens que se juntam para dar uns chutos na bola. Problemas no balneário? Problemas com o treinador? Não faço a mínima ideia, mas não há a garra que costumava haver, não há a vontade de suar pela camisola e isso é claramente parte do problema. É triste ver o Vitória jogar assim, não me lembro de uma série de jogos com tão má qualidade como esta. O que está mal tem de ser mudado muito urgentemente! Eu não queria ser repetitiva nesta matéria, não queria mesmo, mas o que eu acho que está mal é o treinador. A ilação que eu tiro de tudo o que vejo (para além do apito final) é que Armando Evangelista está desligado da equipa, não é um líder, não consegue motivar os jogadores, não fala como um líder e a equipa não tem espírito de vencer, não consegue inspirar-se e acaba por se desligar também.
Todos nós temos muito a dizer sobre o assunto mas também nada fazemos para alterar a situação (eu incluo-me no grupo). Se o Vitória é nosso, vamos agir como tal e vamos tratar de cuidar dele o máximo possível. A manifestação no Complexo não resultou provavelmente pela falta de adesão dos vitorianos mas daqui a precisamente uma semana podemos fazer melhor e comparecer em força da forma única que só nós conseguimos fazer e discutir o futuro do Vitória, discutir o que está mal e talvez fazer com que a situação seja alterada para o bem de todos nós. No próximo sábado, dia 26, há uma Assembleia Geral com início às 14 horas no Pavilhão do Vitória. Há uma máxima que eu defendo muito quando há eleições e parece-me que adaptada era capaz de se adequar à situação: quem não vota, não tem direito a reclamar. Entendem a ideia? Quem nada faz, de nada deve reclamar. Ir à AG é um direito que nos assiste como sócios pagantes e temos não só o direito de ir como temos também o dever - é do nosso clube que se trata.

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