Death Race 3 surge como a prequel (a palavra ainda não se encontra no dicionário, mas é o contrário de sequela: a ideia é retratar os eventos que levaram aos acontecimentos retratados no primeiro trabalho) de Death Race, lançado em 2008 e que conta com Jason Statham no papel principal (talvez por isso seja o meu favorito dos 3) e dirigido e escrito por Paul S. W. Anderson. Os dois que se seguiram foram protagonizados por Luke Goss e a direcção ficou a cabo de Roel Reiné.
Se o meu preferido é o primeiro filme, este é o que menos gosto. Parece-me até um filme desnecessário. Tudo começa quando Niles York (Dougray Scott) adquire os direitos de Death Race, o programa sujo que todos querem ver, para o tornar num sucesso a nível mundial com corridas mais frequentes e em diferentes locais em todo o mundo. Esta aquisição hostil deixa Weyland (Ving Rhames) furioso e também não agrada a Carl Lucas (Luke Goss), o invencível Frankenstein que se encontra apenas a uma vitória da liberdade quando Niles assume o controlo do programa, alterando todas as regras do jogo.
Se olharmos para as coisas desta forma, já sabemos que podemos esperar muitas explosões e lutas. Ou não é isso que esperam de prisioneiros a quem dão carros completamente armadilhados com o intuito de se destruírem antes de chegar à meta? Podia até dar um óptimo filme de acção. Mas falta-lhe muito, a falha mais grave é mesmo a falta de imaginação. Porque ao longo de 105 minutos é quase sempre a mesma coisa: carros, corridas, carnificina, lutas e mulheres.
A maior falha é a história das personagens, ou melhor, a falta dela. A maioria dos corredores nem sequer fala e não demora muito tempo até que expludam sem dó nem piedade. Só conhecemos Lucas, que é retratado de uma forma a que o espectador sinta compaixão por ele; e os outros (aqueles a quem lhes é dado tempo de antena, claro) são retratados como estúpidos. Há demasiado drama na relação entre Carl Lucas e Katrina Banks (Tanit Phoenix), e não é isso que alguém que procura este filme quer ver. E o filme é marcado por um sexismo extremo com um destaque enorme para o decote de Katrina, apesar de haver uma mulher a participar nestas corridas (pela primeira vez) mas a quem não é dado grande destaque e que não é retratada da melhor forma. No final, há muitas perguntas sem resposta. É daqueles filmes em que há o pano para as mangas, mas que não é trabalhado.
O 4º filme está agendado para 2016, não se conhecendo ainda os protagonistas (se Goss ou Statham ou um novo actor), só se sabe ainda que desta vez será a sequela do primeiro.
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