Foto: Vitória SC |
Segue-se o Sporting, segundo classificado da Liga. O histórico elege-os como favoritos mas dentro do relvado nada disso importa. Os últimos dois jogos, dentro das nossas muralhas, não nos deixam ficar mal: no final de 2014 o Vitória dominou um leão mansinho e arrancou a vitória por 3-0, num dos melhores jogos da época; na temporada passada o marcador não sofreu alterações numa segunda-feira à noite com os vimaranenses em força máxima num apoio incrível aos nossos branquinhos. No futebol não há receitas nem fórmulas mágicas que garantam a vitória. Futebol não é ciência, mas arrisco dizer que há uma fórmula que pode ser infalível para alcançar a vitória no próximo sábado. É, certamente, a combinação do melhor destes últimos dois jogos. A qualidade irrepreensível da equipa, que tem de entrar em campo e esquecer-se do statuos quo, e o ambiente apaixonado e único que só os vitorianos sabem oferecer. O Inferno Branco em que cresci, o mesmo que deixa os adversários a tremer mesmo antes de pisar o nosso terreno.
Foi esse o ambiente que se viveu em Moreira de Cónegos no último domingo. Não era a nossa casa, mas nós fizemos com que parecesse. Com as nossas vozes edificamos as muralhas e com os nossos cachecóis e bandeiras orgulhosamente levantados fizemos daquele estádio o nosso. Éramos tantos, mas parecíamos ainda mais.O golo nasceu da insistência do Marega (o melhor marcador da Liga!) que tentou uma vez, depois outra e só depois viu o seu objectivo concretizado. Foi um golo que fez o estádio, que não era nosso mas pareceu ser, explodir de tanta alegria. Não há uma medida consensual de como medir a qualidade de uma massa adepta. A verdade é que pode haver tantas definições como há pessoas. Eu tenho a minha. Na minha opinião a qualidade dos adeptos mede-se pela sua resiliência e persistência em apoiar o clube. Por quantas vezes estão presentes depois de uma derrota, por quantas vezes estão presentes depois de quase bater no fundo, por quantas vezes estão presentes depois de todos os outros terem desistido. E nós já sabemos, talvez melhor do que o que gostaríamos, o que é estar presentes depois de derrotas, depois de quase bater no fundo, depois de tudo estar mal e sabemos muito bem o que é estar lá quando todos os outros desistiam com facilidade. Nós não sabemos desistir. E estamos sempre presentes. Somos nós o carácter do Vitória!
Hoje permitam-me terminar de forma pouco habitual mas tremendamente importante e e certamente mais importante do que tudo o que escrevi nos parágrafos acima. Hoje quero apelar à vossa solidariedade. O Rui Salgado tem 23 anos, é vimaranense, vitoriano e já jogou com o nosso símbolo ao peito mas, acima de tudo isso, é uma pessoa que tem uma vida pela frente. Foi-lhe diagnosticado um linfoma de Hodgkins. É uma batalha difícil mas nada é ao acaso: tenho a certeza de que o Rui é um conquistador e vai superar esta prova. Estou certa de que todos sabem que quando estamos no estádio as nossas vozes juntas conseguem ser muito mais altas do que a voz de apenas um de nós. Da mesma forma, se todos ajudarmos não é preciso muito. Se todos nos juntarmos à batalha, eu acredito que esta será muito menos dolorosa e será vencida. Não é preciso muito se ajudarmos todos. Portanto permitam-me, pela primeira vez, fazer um apelo. Vou deixar aqui a fotografia com o número da conta para onde podem contribuir. Podem ler mais aqui.
Hoje permitam-me terminar de forma pouco habitual mas tremendamente importante e e certamente mais importante do que tudo o que escrevi nos parágrafos acima. Hoje quero apelar à vossa solidariedade. O Rui Salgado tem 23 anos, é vimaranense, vitoriano e já jogou com o nosso símbolo ao peito mas, acima de tudo isso, é uma pessoa que tem uma vida pela frente. Foi-lhe diagnosticado um linfoma de Hodgkins. É uma batalha difícil mas nada é ao acaso: tenho a certeza de que o Rui é um conquistador e vai superar esta prova. Estou certa de que todos sabem que quando estamos no estádio as nossas vozes juntas conseguem ser muito mais altas do que a voz de apenas um de nós. Da mesma forma, se todos ajudarmos não é preciso muito. Se todos nos juntarmos à batalha, eu acredito que esta será muito menos dolorosa e será vencida. Não é preciso muito se ajudarmos todos. Portanto permitam-me, pela primeira vez, fazer um apelo. Vou deixar aqui a fotografia com o número da conta para onde podem contribuir. Podem ler mais aqui.
De acordo com a sua análise.
ResponderEliminarDevo dizer, contudo, que há sinais que geram alguma preocupação na equipa.
Insegurança dos laterais, ausência de um "10"que pegue no jogo (muito tem feito João Pedro e Rafael Miranda mas não podem fazer tudo), Hurtado é um "corpo estranho" na equipa porque nem é médio nem avançado e passa muito ao lado do jogo e Soares em seis jogos fez um golo e em Moreira nem um remate fez.
Se a isto somarmos a completa inoperância de Bernard e o ostracismo de Tozé que ficou fora dos 18 constatamos que para o meio campo restam Phete, Zungu e M'Bemba!
Não é pouco...é pouquissimo porque não se faz a mínima ideia do que valem os dois ultimos e o primeiro ainda não convenceu.
A situação não é preocupante, concordo, mas não permite alguns optimismos que se encontram pelas redes sociais.
Até porque Marega vai à CAN e tradicionalmente a nossa SAD faz asneiras em janeiro.
Enfim...esperemos que tudo corra bem mas não partilho dos tais optimismos.
Agora importa é encher o estádio no sábado.
Porque os adeptos,esses, tem feito a sua parte de forma competente e empenhada
Concordo. Ao dizer que para já os resultados e a classificação não me preocupam, é de uma forma geral. O desempenho da equipa, dentro das quatro linhas, ainda deixa a desejar. O jogo em Moreira não me deixou descansada para o próximo porque apesar de termos ganho, não foi um jogo de qualidade nem fomos muito superiores ao Moreirense na maioria do tempo. E, tal como o Luis já disse, temos de ter respeito pelo Moreirense mas não são nossos rivais nem são um adversário directo. Foi o típico jogo que podia ter gerado muitas críticas, inclusive nas redes sociais, se não tivéssemos conseguido os três pontos.
EliminarNão preocupa mas a margem de erro diminuí de jogo para jogo e se é verdade que há ainda muitos pontos por disputar, não é menos verdade que cada ponto é importante e que cada ponto perdido é um favor feito aos nossos adversários. Há muitos pontos a disputar mas se queremos superar os nossos objectivos mínimos (e eu gostava muito de ver isso acontecer, finalmente), temos de estar conscientes que já temos de correr atrás deles porque ninguém anda na Liga a brincar. Os optimismos, acredito eu, são fruto da ansiedade dos adeptos em ver o Vitória no topo do futebol português. Nas bancadas os adeptos têm dado o exemplo e têm sido incansáveis. É preciso dar continuação dentro de campo para assim se manter até ao final da época. Hoje temos todas as condições para ter um estádio cheio e para fazer a equipa sentir o nosso apoio. Só espero que essa excelência seja correspondida em campo!