segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sétima arte | Transformers - The Age of Extinction

Antes de começar a falar deste filme acho que faz sentido fazer uma pequena nota. Eu tenho uma certa dificuldade em descolar-me da realidade. Digamos que os meus filmes preferidos são aqueles que podem retratar a história de alguém, alguma coisa real, alguma coisa que possa mesmo ser possível. Isso são os meus filmes! Quando vejo filmes com carros que se transformam em robôs ou cães que falam ou coisas desse género eu tenho uma tendência grande para torcer o nariz porque, como digo, não consigo descolar-me da realidade. Isso pode, por vezes, acontecer mas muito raramente.

Esta tarde vi o Transformers - The Age of Extinction, e esse é o tipo de filme que eu não aprecio. Carros (uma das minhas paixões, e este traz consigo um Lamborghini e um Pagani Huyara, entre outros, não fiquei desiludida de todo) que se transformam em robôs em que uns são bons e outros são maus e que falam e que acham os humanos uns palermas e que blá blá blá. São mais ou menos 2 horas e 45 minutos sempre a passar-se o mesmo. É o segundo filme que vejo da série dos Transformers e apesar de ter visto o primeiro, não posso dizer se este é melhor ou pior porque não me lembro do outro mas este é mau. Dá para entreter mas com muita dificuldade e admito que adormeci por uns minutos.
Hoje estou só a criticar não é? Vou dizer uma coisa positiva sobre o filme: os efeitos especiais são muito bons. E é tudo.
A história é fraca e difícil de acompanhar por ser muito confusa, os robôs-carros (ou carros-robôs ou aquilo que quiserem) chegam a ser ridículos, o humor não tem piada nenhuma na maioria das vezes, o conceito em si é fraco, a fotografia é quase sempre muito confusa, cheia de criaturas demasiado parecidas e a direcção também não é do meu agrado e como disse anteriormente, o filme é demasiado grande (165 minutos). Talvez esteja a ser um bocado dura mas não acho que tenha muito por onde falar nem actores a sublinhar. O elenco é diferente (conta com Mark Wahlberg, entre outras caras novas) mas não há um roteiro que lhes dê oportunidade de brilhar.
Não gostei do filme. É um filme de Domingo à tarde, mas daquelas em que não há nada para fazer. Mas isto sou eu, que não gosto de um filme em que carros-robôs lutam entre si, em que uns são maus e outros são bons e em que não há nada de especial que me faça colar ao ecrã. Provavelmente é um óptimo filme para aqueles que são amantes do género. Não é para mim. Fico à espera de ouvir as vossas opiniões, sejam elas positivas ou negativas!
Mas eu sou boa rapariga e por isso vou tentar dar-vos alguma coisa interessante (e não é difícil saber o quê se me conhecem minimamente). Vamos lá ver:

Eu gosto de começar pelas coisas boas. Como este Lamborghini Aventador LP 700-4 de 2014. Necessita de 2.9 segundos para chegar aos 100km/h. Tem 700 cavalos e uma velocidade máxima de 350km/h. É um dos vilões do filme. Tem um custo de 400 000 dólares.
Este é o vilão em que o Lamborghini se transforma, de seu nome Lockdown.

Digam olá ao Covertte C7 Stingray. Tem 420 cavalos e um motor de V8 (8 cilindros) e é lindo. O interessante e diferente deste carro para os carros comuns é que mostra, no vidro, a velocidade e as rotações por minuto. Para além disso tem ainda 7 mudanças o que, segundo críticos, torna o carro suave e fácil de conduzir. E é, relativamente a outros super-carros, de preço acessível: o modelo base tem o custo de 60 000 dólares.
O Corvette transforma-se no Crosshairs que para além de carro, robôs é também um helicóptero. Digam lá se isto não é uma ideia de génio, digam!

O super-carro mais caro do filme e o mais potente. Bugatti Veyron Grand Sport Vittesse de 2013. O seu preço atinge os 2,5 milhões de dólares. Em troca disso, o comprador consegue a potência de 1200 cavalos e uma velocidade ligeiramente superior a 400km/h. O carro mais rápido do mundo não está disponível para as mãos de toda a gente (e muito menos para as carteiras).
O Bugatti transforma-se no Drift, que é um Samurai. Acho que é tudo o que sei sobre ele. O carro parece-me mais interessante!

Este é para vocês, leitores que gostam de dar nas vistas. Este camião é da Western Star e é o modelo 5700. Penso que só será lançado para o ano por isso (e por não ser produzido para as massas nem ser um super-carro) não encontrei muitas informações sobre o mesmo.
Transforma-se no Optimus Prime, o líder. Apesar de começar sob a forma de um velho camião, mais tarde transforma-se no vistoso camião em tons de vermelho e azul.

Se eu andasse de camião por essas estradas fora, o eleito era este. Tem estilo mas é apenas um protótipo. É um Freightliner Argosy. O modelo comercial é muito diferente e muito aborrecido, quando comparado com este (o que é perfeitamente normal). O modelo normal tem o preço médio de 250 000 dólares.
O camião-estiloso transforma-se no vilão Gavaltron, que é construído por humanos.

Já devo ter dito por aqui que adoro estes muscle cars, gostava muito de um dia poder ter um. Este é um Chevrolet Camaro SS de 1967 (modificado). A versão standard tem um motor V8 (8 cilindros), 295 cavalos e precisa de 8 segundos para atingir os 100km/h. Foi um carro revolucionário quando foi lançado. Actualmente um Camaro de '67 bem conservado ronda o preço de 60000 dólares. 
Este Chevrolet Camaro é um protótipo. O design apaixona-me, devido à mistura do design dos muscle cars (como o Chevrolet Camaro SS de '67) com o design dos super-carros. O protótipo de 2014 vinha equipado com um motor V8, com 426 cavalos, atingindo os 100km/h em 5 segundos e uma velocidade máxima de quase 250 km/h. Um sonho! 
Os dois carros da Chevrolet vão transformar-se no Bumblebee (que tem o nome mais giro).

Este monstro é parte da Oshkosh Defense (empresa que fornece os veículos ao exército) e pode servir para uma variedade enorme de missões. Dependendo da configuração, o seu preço pode variar dos 170 000 aos 380 000 dólares, caso estejam interessados...
Apesar do aspecto austero do camião militar, transforma-se em Hound, um dos bons (sim, aquilo que ele tem na boca é um charuto e se não estou em erro, anda sempre com ele).

O meu amor mais recente: Pagani Huayra (2013). Com um peso de cerca de 1300kg, tem a potência de 720 cavalos. O motor é um twin turbo V12. Tem uma velocidade máxima de cerca de 370km/h e vai dos 0-100 em 3.5 segundos, tem uma caixa automática de 7 velocidades (assim como o Stingray). É artesanalmente produzido em Itália e está disponível para muito poucos, com o preço estimado em 1.4 milhões de dólares. 
O meu novo amor transforma-se num vilão que é, tal como Gavaltron, construído por humanos.

Por fim, o Chevrolet Chevy Sonic RS. Não se transforma em robô. É um carro construído unicamente para ser utilizado em rally. O preço da versão standard ronda os 15 000 dólares.
Todas as fotos são retiradas de: Business Insider

P.S.: Nas especificações relativas ao Pagani Huayra, faço referência ao motor Twin Turbo. O termo é inglês e a tradução literal é: turbo gémeo. E já ouvi dois termos que são muito parecidos: Twin Turbo e Biturbo. E fiquei um bocadinho confusa porque encontrei sites que diziam que é a mesma coisa e as marcas usam nomes diferentes por uma questão de marketing (um dos exemplos que li foi que, por exemplo, a Mercedes usa o termo Biturbo por soar mais clássico enquanto que a BMW usa o termo Twin Turbo (ou Twin Power Turbo) por ser um termo mais desportivo) enquanto que outros dizem que são coisas diferentes (que um Biturbo é composto por um turbo mais pequeno para as baixas RPM (rotações por minuto) e outro maior para as altas RPM ao passo que um Twin Turbo é composto por dois turbos iguais dispostos em lados opostos (por exemplo, sendo o Pagani um V12, ficam 6 cilindros de cada lado e um turbo igual em cada lado). Eu tentei resolver a questão pela lógica: Twin = gémeo, bi = 2; gémeo significa igual mas 2 não significa que não possam ser diferentes. Portanto, e pela lógica, diria que são duas coisas diferentes mas não tenho certeza absolutamente nenhuma. Por isso, apelo-vos a vocês, peritos e peritas desta vida, uma solução para a minha dúvida (que pode ser a mais estúpida da história)! Eu não sou uma perita nestes assuntos, mas vou chegar lá!

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