terça-feira, 28 de maio de 2013

Contra tudo e contra todos!




Há dias em que não há palavras, elas escapam-nos tamanha é a felicidade que se aloja no coração. No passado Domingo foi isso que aconteceu e continuo sem palavras para descrever tudo o que vivi no Jamor e no Toural.
Eu sou sempre das que acredita, sempre acreditei que íamos ganhar a Taça, que desta vez é que era, que era o nosso tempo. E foi! Mas até ao momento em que vi o Alex levantar aquela taça maravilhosa (pareceu-me mais bonita que nunca) parecia surreal. Tudo o que estava a acontecer ali, a felicidade estampada em cada rosto, as lágrimas, os sorrisos, tudo isso me parecia surreal, bom demais para ser de facto verdade.
Mais uma vez sofremos, sofremos até ao fim. Primeiro de dor e tristeza, mais tarde de felicidade extrema. Foram precisos apenas três minutos para alterar o rumo dos acontecimentos, o rumo da história do Vitória. E foram três minutos de encher o coração. Ao primeiro, levantamos os braços, arregaçamos as mangas e fomos em frente. E foi isso que nos levou ao segundo. E no segundo houve uma explosão de alegria, de felicidade. Naquele momento nada nos podia derrotar, sabíamos que tínhamos ganho, consolidamos essa certeza no nosso coração. O nervosismo aumentou e eu podia jurar que conseguia ouvir o meu próprio coração bater. As vozes levantaram-se, ouvia-se do outro lado do mundo. E conseguimos, todos nós, todos juntos conseguimos conquistar o que muitos antes tentaram conquistar - e é também a esses que a Taça deve ser dedicada.
Domingo uma página mais foi escrita na história deste maravilhoso clube. Éramos campeões! Somos campeões! E que bem sabe dizê-lo! Mas fomos campeões antes mesmo de o ser, a nossa equipa era uma equipa de campeões, que se fizeram jogadores, que cresceram ao longo da época, que souberam dar a uma cidade tudo aquilo que ela pedia.
As palavras continuam sem surgir, os sentimentos continuam em turbilhão numa mistura de gratidão com amor. As emoções foram fortes, talvez por isso seja impossível descrevê-las, podemos apenas guardá-las no coração. Porque nenhum vitoriano e vimaranense jamais esquecerá o dia vinte e seis de Maio de dois mil e treze. O dia em que provamos que estamos mais vivos do que nunca quando já nos tinham quase feito o funeral.
Deixo mais uma vez um agradecimento enorme ao Vitória, a todo ele, a todos nós que fizemos a festa e a todos aqueles que nos deram a Taça, os heróis, os inesquecíveis. Que este troféu seja o início de uma época de ouro aqui por Guimarães, que seja o tempo de voltarmos em força. Esta é a nossa religião, o nosso amor, a nossa forma de vida! 

P.S.: Até podia dar os parabéns ao Benfica, mas não dou. Não porque não tenha fair-play, mas porque eles não o tiveram e portanto não são dignos disso. Perder custa, está a ser uma época difícil para eles, é verdade, ninguém o nega, mas o respeito cabe em todo o lugar. E faltou-lhes isso, respeito e humildade. Duas características de incomparável valor e que não se compram nem com todo o dinheiro do mundo. Podem vir com os vossos troféus e que uma má época não invalida todos os troféus que já têm e que são os melhores do mundo. Não são! Nunca serão os melhores do mundo! Serão sempre fracos, indignos pelas atitudes que têm. É (também) por isto que é impossível verem-me torcer pelo Benfica seja em que competição for, seja em Portugal ou lá fora. Não sou anti-benfiquista, não merecem todo esse estatuto na minha vida. Mas não nutro qualquer tipo de sentimento positivo por eles, nem nunca irei sentir. Falta-lhes imenso para serem grandes. Nós já somos colossais!

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